Toda pessoa que menstrua, principalmente mulheres, se preocupam muito com a chegada na menopausa e climatério. Por ser uma fase delicada, que mexe muito com o corpo, a pele e o psicológico, é necessário obter informações de como passar por essa fase e lidar com a adversidade e mudanças causadas no corpo.
Para que você possa ficar por dentro de todos os sintomas da menopausa e climatério, o blog de Beleza Extraordinária convidou a médica dermatologista Dra. Hadassa Barros, para sanar todas as dúvidas acerca desse assunto, além de dicas e recomendações e como passa pela menopausa e climatério e lidar com todas as mudanças.
O que é menopausa e climatério?
A menopausa é o nome dado à última menstruação, que ocorre por volta de 45 a 55 anos, marcando o final da fase reprodutiva. Nessa etapa os estoques de óvulos passam a ser interrompidos gradualmente, marcando o início do climatério, que é fase transição de do período fétil para o não- reprodutivo, e como consequência alguns sintomas acabam ocorrendo devido às mudanças no corpo.
Com qual idade a menopausa e o climatério começam?
O período da menopausa ocorre por volta dos 45 a 55 anos, a depender de cada corpo. Mas em alguns casos a menopausa pode ocorrer antes desse período, designando-se a menopausa precoce. Na menopausa precoce os sintomas são os mesmo da menopausa, onde a ovulação para de ocorrer mais cedo do que o comum. Portanto ao sentir qualquer sintoma ou irregularidade com seu ciclo menstrual, procure um médico ginecologista para avaliar a sua condição.
Quando a menopausa e o climatério acabam?
Marcada pelas transformações físicas e hormonais, a menopausa é confundida com o período de climatério. É comum que depois dos 40 anos, o corpo da pessoa que menstrua passa por algumas transformações, dando início a fase de transição para a etapa de não-ovulação. A menopausa, marca o fim do período menstrual, ou seja, ela ocorre quando não há mais ovulação do sistema reprodutor.
A Dra. Hadassa Barros, explica melhor como ocorre o fim da ovulação: “A menopausa é o nome dado à última menstruação. Existe um período que é chamado de fase crítica, que é o climatério. O climatério começa por volta dos 40 anos e ele vai se estender até o pós-menopausa, ou seja, até depois que você tem a sua última menstruação. Essa é a fase que a mulher tem vários sintomas, uma fase conturbada da vida da mulher, porque ela é marcada por várias transformações físicas, emocionais, devido a esse desequilíbrio de hormônios que acontecem, essa alteração de produção dos hormônios femininos pelos ovários, porque, na verdade, o que acontece é que existe uma irregularidade de ciclos, uma variabilidade do fluxo menstrual, porque você tem uma deficiência da produção dos hormônios femininos, principalmente o estrógeno, que é a maior consequência da menopausa”.
Quais são os sintomas da menopausa e do climatério?
O sintomas da menopausa é apenas a última menstruação, mas também é marcada pelo pico de sintomas no corpo, que ocorrem desde o início do climatério e vão se agravando próximo à última menstruação. “Os sintomas que marcam esse período, e também do climatério, são sintomas muito parecidos com o da TPM, só que de uma forma acentuada e muito mais prolongada. Você pode ter uma sensação de inchaço no corpo, nas mamas, até dores nessas regiões, dores de cabeça, enxaqueca, alteração de humor, nervosismo, irritabilidade, tristeza profunda, até uma certa depressão. Isso geralmente acontece do meio para o fim do climatério, que é justamente nessa fase também da menopausa”, informa a Dra. Hadassa.
As ondas de calor são uma queixa constante por quem passa pela menopausa de climatério. Também conhecido como fogachos, é muito comum que haja picos de calor muito forte, causando um desconforto e picos de sudorese. Outros sintomas como insônia, diminuição da libido, menor concentração, pele seca e ressecamento vaginal também ocorrem durante todo o climatério e menopausa.
Como a menopausa afeta a pele?
Quando o corpo passa pela transformação que a menopausa e o climatério causam, devido a diminuição de hormônios de estrogênio, progesterona e ovarianos, a pele também sofre com essa alteração, passando por transformações e necessitando de cuidados diferenciados.
A médica dermatologista Dra. Hadassa Barros explica como a menopausa pode afetar a pele: “Na menopausa acontece uma série de alterações hormonais intensas e uma das mais características comum é a diminuição da produção do estrógeno e da progesterona, que vão causar uma série de alterações na pele. Algo que a gente observa é a diminuição da produção de colágeno elastina, bem como também o ácido hialurônico, causando uma flacidez da pele e aparecimento de rugas finas. Essa diminuição do colágeno também acaba gerando uma pele fina e também tem associação com ressecamento, porque também existe uma diminuição do ácido hialurônico. A gente sabe que existe uma alteração da nutrição e da vascularização dessa pele também, potencializada pelo acúmulo dos anos solares durante os anos e isso tudo faz com que a pele madura fique mais fragilizada, sensível, flácida e ressecada”.
Como cuidar da pele na menopausa?
Os cuidados com a pele na menopausa e durante o período de climatério é multidisciplinar, desde o uso de dermocosméticos até uma alimentação mais equilibrada contribuindo para a síntese do colágeno e hidratação da pele.
“Sabemos que bons hábitos geram boas respostas da pele. Então, é muito importante você ter uma alimentação adequada, saudável, com bastante ativos anti-inflamatórios, rico em proteínas, pois precisamos da proteína para poder gerar outras substâncias, como colágeno e elastina. Também é importante uma alimentação rica em antioxidantes, para que possamos potencializar essa ajuda no combate ao envelhecimento. Além disso, fazer atividade física, para melhorar a parte muscular e óssea e gerar maior mobilidade. Alguns cuidados na rotina de skincare também podem melhorar esse sinais de envelhecimento que são as rugas, a flacidez e as manchas” enfatiza a médica dermatologista.
Como a pele costuma ter menos lubrificação, a hidratação se torna prioridade nos cuidados com a pele na menopausa, para que possa reforçar a camada de proteção da pele e mantê-las hidratadas. Os ativos dermatológicos também são bem-vindos nos cuidados da pele madura e durante o período de climatério, pois elas atuam no combate de hiperpigmentação da pele, atua na diminuição de linhas finas e repõe algumas proteínas naturais que acabam tendo a produção reduzida, como o ácido hialurônico e o colágeno.
“Para restituir essa barreira da pele é necessário com bastante hidratação, onde o hidratante pode ser a base de ácido hialurônico com outras moléculas. A ação antioxidante é de extrema importância para combater os danos oxidativos, que acabam acelerando esse processo de envelhecimento da pele. É muito importante utilizar ativos que vão acelerar essa renovação celular, como ácido retinóico Nas manchinhas da pele também é importante utilizar ativos clareadores, como o ácido kójico, ácido fítico e hidroquinona”, aconselha a médica dermatologista.
Quais cuidados ter com o corpo na menopausa?
Além da pele, o corpo também sofre mudanças significativas durante o período de menopausa e climatério que impactam bastante no estilo de vida. Para que essas mudanças no corpo possam ter baixo impacto, é necessário se atentar a alguns hábitos e transformá-los de forma que seja benéfico para sua saúde. Ter uma alimentação balanceada, com a ingestão de frutas, verduras e legumes, de preferência com alimentos que tenham ação antioxidantes, presentes em folhas verdes, alimentos com vitamina C e cereais.
Para estimular o colágeno do corpo, a ingestão de alimentos proteicos, irão auxiliar na síntese do colágeno, contribuindo para a firmeza da musculatura. Se necessário, você pode optar por tratamentos com bioestimuladores nas áreas flácidas.
Como montar uma rotina de skincare para pele madura?
A rotina de skincare pode ajudar a diminuir os efeitos que a menopausa e o climatério causam na pele, além de prevenir o surgimento de novas linhas finas e rugas na pele. “A pele madura fica mais fininha, mais sensível e delicada. Então, a gente tem sim que manter os três passos principais, que são a limpeza, hidratação e proteção solar. Opte por sabonetes para pele sensível, que contenham bastante ativos hidratantes e calmantes, para que a pele não fique sensibilizada e ela também não fique com aquela sensação de repuxamento e ressecamento. O segundo passo, é de hidratação, onde o ácido hialurônico e outros ativos hidratantes, acabam melhorando a qualidade da pele e estimulando a barreira da pele a ficar íntegra. Então, use bastante hidratante nessa segunda fase, tanto no período da manhã quanto no período da noite. O efeito oxidativo, ele é bem complicado, pois os radicais livres agem sobre as células e aceleram o envelhecimento cutâneo e o processo de alteração de célula. Então, a gente precisa utilizar bastante ativos antioxidantes, tanto pela manhã quanto pela noite. Não esquecer de regiões importantes como pálpebras, pescoço e colo, dorso de mãos”, orienta a Dra. Hadassa.
“Nessa fase madura, é importante utilizar o protetor solar para evitar danos, tanto da radiação ultravioleta sobre a pele, pensando em saúde, inclusive no câncer de pele, mas também na prevenção e no tratamento do envelhecimento cutâneo. É de extrema importância estabelecer uma rotina de skincare com essas particularidades, lembrando que hoje em dia protetores solares também têm ativos antioxidantes, ativos de rejuvenescimento e ativos hidratantes, então a gente pode fazer a potencialização dessas necessidades da pele, utilizando ativos importantes desde a fase da limpeza, como da hidratação quanto também da proteção solar”, finaliza dermatologista.
Para que sua pele possa ser tratada e bem cuidada durante o período de menopausa e climatério, a linha de Revitalift Pro-Retinol de L’Oréal Paris irá atuar na reparação da pele e prevenir o envelhecimento da barreira cutânea. O Retinol — que é derivado da Vitamina A— garante ação antissinais, sendo excelente para peles maduras, possibilitando a renovação da sua pele e permitindo uma pele mais iluminada e firme, além de atuar no estímulo do colágeno e combater o estresse oxidativo.
